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Narrações Proféticas: Sinceridade
Descrição: Uma breve introdução ao Imam An-Nawawi e uma explicação do primeiro hadith em sua coleção, conhecido como Os Quarenta Hadith do Imam An-Nawawi.
Por Aisha Stacey (© 2017 NewMuslims.com)
Publicado em 14 Jan 2020 - Última modificação em 07 Aug 2017
Impresso: 57 - Enviado por E-mail: 0 - Vizualizado: 2652 (média diária: 2)Categoria: Lições > O Profeta Muhammad > Ditos Selecionados
Objetivo
· Entender quem é o Imam An-Nawawi, a importância de sua coleção de ahadith e uma explicação concisa do primeiro hadith.
Termos em árabe
· Hadith - (plural – ahadith) é uma peça de informação ou uma história. No Islam é uma narrativa registrada dos ditos e ações do Profeta Muhammad e seus companheiros.
· Niyyah - Intenção
· Ibadah - Adoração
· Fiqh - Jurisprudência Islâmica
· Ikhlas - Sinceridade, pureza ou isolamento. Islamicamente, isso significa purificar nossos motivos e intenções para buscar o prazer de Allah. É também o nome do 112° capítulo do Alcorão.
Introdução
Imam An-Nawawi (1233 – 1278 E.C.) nasceu em uma pequena cidade chamada Nawa, situada nas proximidades de Damasco. Antes dos dez anos de idade, ele havia memorizado todo o Alcorão e, aos dezenove, foi a Damasco para estudar. Lá, o Imam Nawawi aprendeu com mais de vinte sábios conhecidos em várias áreas e disciplinas, incluindo o estudo dos ahadith e da jurisprudência islâmica.
Dizem que o Imam An-Nawawi era um homem piedoso e ascético, às vezes insone, por causa de sua frequente adoração ou escritos. Também se sabe que ele aconselhou as pessoas a fazerem o bem e as proibia de fazer o mal. Embora tenha escrito mais de 40 livros, o mais conhecido deles, sem dúvida, é sua coleção de "Os Quarenta Hadiths".
Por mais de 800 anos, acadêmicos e estudantes se beneficiaram com este livro. Cada hadith nesta coleção nos ensina sobre um dos fundamentos do Islam e foram retirados predominantemente das coleções de Sahih Bukhari e Sahih Muslim.
Este é o primeiro de uma série de ahadith do livro.
Hadith 1
O primeiro hadith nesta coleção é um narrado a nós por Umar ibn Al-Khattab. Ele disse que ouviu o Profeta Muhammad, que a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam sobre ele, dizer o seguinte:
“As ações são julgadas por suas niyyah, assim, cada homem terá o que pretendia. Consequentemente, aquele cuja migração (hijrah) foi para Allah e Seu Mensageiro, sua migração é para Allah e Seu Mensageiro; mas aquele cuja migração foi para algo mundano ou para casamento, sua migração é para o que ele migrou.”
Este hadith deu-se em uma época quando um homem migrou de Meca para Medina para se casar e não por amor ao Islam. Diz-se que este é um dos grandes ahadith no Islam, porque ele pode ajudar um crente a avaliar e julgar as ações do coração, e decidir se elas podem ou não ser consideradas ibadah. O Imam As-Shafi (767 -820 E.C.) o chamou de um terço do conhecimento e disse que estava relacionado a cerca de 70 tópicos de fiqh. Acredita-se que o Imam An-Nawawi tenha começado com esse hadith porque queria lembrar todas as pessoas que leem o livro sobre a importância da ikhlas.
O Profeta Muhammad começou esse hadith com um princípio - as ações são julgadas por suas niyyah (intenções). Ele então nos deu três exemplos; a primeira é uma ação exemplar, a migração por Allah. A segunda e a terceira ação são exemplos de situações nas quais podemos precisar avaliar nossa niyyah, a migração para algo mundano em geral e a migração mais especificamente para se casar. Assumindo que nossa intenção é fazer todos os aspectos do nosso cotidiano ibadah fazendo-as pela causa de Allah, precisamos entender que as ações serão corretas se suas intenções forem corretas, caso sejam corruptas então as ações serão corruptas. Se fazemos a nyyah apenas por Allah sozinho, então as ações lícitas tornam-se recompensáveis.
Ser sincero, verdadeiro e honesto em nossa ibadah é uma das condições que devem ser cumpridas se queremos que nossas ações sejam aceitas por Allah. Uma das principais causas da falta de sinceridade é fazer as coisas para satisfazer nossos próprios desejos terrenos. O imam Al-Harawi, que morreu em 846 E.C., nos avisou que havia sete tipos de desejos que poderiam corromper nossas ikhlas. O desejo de:
1. Querer parecer bom na frente dos outros.
2. Buscar elogios dos outros.
3. Evitar ser culpado pelos outros.
4. Buscar glorificação dos outros.
5. Buscar a fortuna dos outros.
6. Buscar o amor dos outros.
7. Buscar ajuda de alguma outra coisa que não seja Allah.
Portanto, é mais prudente que um crente analise suas intenções e suas ikhlas, não apenas antes dos atos de adoração obrigatórios, mas também ao longo do dia. Caso seja necessário, podemos estimular nossa ikhlas de três maneiras fáceis:
1. Praticando ações virtuosas.
2. Buscando o conhecimento.
3. Lembrando de checar nossa niyyah.
Quatro coisas principais contradizem a ikhlas e, portanto, anulam quaisquer boas intenções que tentemos cultivar. Elas são:
1. Cometer pecados.
2. Associar outros a Allah.
3. Praticar um ato de adoração para se exibir.
4. Ser hipócrita.
Vale lembrar que, estando ou não conscientes disso, tudo aquilo que fazemos ao lidarmos com nossas vidas diárias tem uma intenção associada. Portanto, ensinar a nós mesmos a lembrarmos de Allah frequentemente durante o dia, e pensar em agradá-Lo, nos ajudará a realizar intenções sinceras, corretas e recompensáveis.
O Imam Ibn Uthaymeen disse que esse hadith nos ensina que, se uma pessoa pretende fazer uma boa ação, mas for incapaz de concluí-la devido a qualquer obstáculo em seu caminho, a recompensa pelo que ele pretendia ainda seria registrada em seu favor. Isso se deve ao fato de o Profeta Muhammad ter dito: “Allah registrou as boas e as más ações. Quem quer que tenha a intenção de fazer uma boa ação, mas não a faça, Allah a registra Consigo mesmo como uma boa ação completa; mas se ele pretende e faz, Allah registra consigo mesmo como dez boas ações, até setecentas vezes, ou mais do que isso. Mas se ele pretende fazer uma má ação e não a faz, Allah a registra como uma boa ação completa; mas se ele pretende e faz, Allah a registra como uma única má ação.”
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