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Ritos fúnebres (parte 2 de 2)
Descrição: Lavagem, amortalhamento, enterro e condolências.
Por Aisha Stacey (© 2017 IslamReligion.com)
Publicado em 14 Jan 2020 - Última modificação em 03 Jul 2017
Impresso: 42 - Enviado por E-mail: 0 - Vizualizado: 3028 (média diária: 2)Categoria: Lições > Estilo de Vida, Valores Morais e Práticas Islâmicas > Valores Morais e Práticas Gerais
Objetivos
· Entender o método islâmico de enterrar os mortos.
Termos em árabe
· Du’a – Súplica, oração, pedir a Allah por alguma coisa.
· Qiblah – É a direção para a qual aquele que está orando deve dirigir-se.
· Dhikr – (plural: adhkar) lembrança de Allah.
· Fard Kifayah – Um ato que é obrigatório para toda a comunidade muçulmana e deve ser realizado por pelo menos uma pessoa.
· Salat ul-Janazah – Oração fúnebre.
· Takbir – Dizer “Allahu Akbar”.
· Taslim – A saudação de paz ao final da oração.
Preparando o corpo para o enterro
O Islam nos deu um conjunto abrangente de instruções para preparar um corpo para o enterro. Lavar o corpo de um crente morto é fard kifayah, o que significa que é uma obrigação coletiva. Se alguém o faz, isso é feito em nome da comunidade muçulmana. Deixar de lavar o corpo não é apenas uma falha dos familiares ou parentes mais próximos; é uma falha para toda a comunidade.
O falecido deve ser lavado por membros do mesmo gênero que sejam próximos da família. Se não houver parente disponível, então devem ser as pessoas mais confiáveis e piedosas presentes. Atualmente, a lavagem do corpo costuma ser deixada para muçulmanos qualificados na seção mortuária de um centro islâmico ou mesquita ou em uma instalação do governo.
A lavagem do crente falecido deve ser realizada de maneira digna, garantindo que o corpo seja sempre manuseado com cuidado e delicadeza. Quem lava o corpo deve ser…
1. Confiável e, portanto, não falar sobre o que podem ver.
2. Saber a maneira islâmica de se lavar os mortos.
3. Não comentar sobre o corpo.
4. Ser do mesmo gênero que o falecido. Caso seja casado, o cônjuge pode lavá-lo(a). Se o falecido for uma criança, os pais, não importando qual dos dois, podem lavar o corpo.
Amortalhamento
Depois de lavar o corpo do falecido, o corpo deve ser colocado em uma mortalha; uma roupa na qual o muçulmano falecido é enrolado para o enterro. Em alguns lugares, devido às leis de regimento interno, o uso de um caixão geralmente é obrigatório. A mortalha deve ser grande o suficiente para cobrir o corpo inteiro, deve estar limpa e feita de um material branco acessível. Deve-se evitar seda para homens e perfumar a mortalha é permitido.
A oração fúnebre
A oração fúnebre é chamada de Salat ul-Janazah e é fard kifayah. Ou seja, a comunidade muçulmana é obrigada a fazê-la. No entanto, não é mandatório que haja uma congregação, se apenas uma pessoa disser a oração, a obrigação terá sido cumprida. Os muçulmanos jamais devem hesitar em participar desta oração, quer tenham ou não conhecido o falecido ou sua família. Ela é feita para buscar-se perdão e misericórdia para o falecido e todos os muçulmanos. A Salat ul-Janazah deve ser feita fora da mesquita e o corpo deve ser colocado de frente para a pessoa liderando a oração. Suas condições normais são as mesmas, embora a oração difira significantemente. Ela é feita em silêncio, exceto pelo takbir e o taslim, e não há inclinação nem prostração.
Enterro
O tempo entre a morte e o enterro deve ser o mais curto possível e, em circunstâncias normais, a pessoa deve ser enterrada na cidade onde viveu e não ser transportada para outra cidade ou país. Após a oração fúnebre, o corpo deve ser transferido para o cemitério islâmico ou para a seção islâmica de algum cemitério. Recomenda-se caminhar rapidamente, e aqueles que acompanham a procissão fúnebre não devem levantar a voz com gritos ou dhikr. Geralmente, as mulheres não podem participar da procissão.
Túmulos e cemitérios islâmicos são caracterizados por sua simplicidade. A tumba deve ser cavada perpendicularmente à qiblah, e o corpo colocado nela do lado direito, também voltado para a qiblah. Depois que o corpo estiver no lugar, uma camada de madeira ou pedras deve ser colocada em cima para evitar o contato entre o corpo e a terra que preencherá o túmulo. Cada pessoa presente coloca três punhados de terra dentro do túmulo.
Pontos a serem lembrados
1. Não há dhikr especial para recitar
2. O Alcorão não deve ser recitado no cemitério.
3. Não existe ensinamento islâmico que indique a colocação de flores, comida, água ou dinheiro na cova para beneficiar o falecido.
4. Um animal não deve ser abatido antes ou depois do funeral.
É permitido colocar uma pedra ou marca especial para lembrar a localização do túmulo, e após o funeral os parentes do falecido podem permanecer lá para fazer du'a, pois acredita-se que naquele momento o falecido esteja sendo questionado pelos anjos.[1]
Condolências
Oferecer condolências é um ato importante de bondade, implica compartilhar a dor das pessoas afetadas e oferecer-lhes conforto. Não há limite para o tempo em que as condolências podem ser oferecidas, mas as palavras devem ser escolhidas com cuidado e ser gentis, incentivando a paciência e aceitando o decreto de Allah. Ao visitar a casa do enlutado, deve-se permanecer um curto período de tempo, a menos que tenha se oferecido para ajudá-lo em alguma questão e necessite demorar-se. Muitas vezes, amigos e familiares preparam comida aliviando um pouco o fardo da família em luto.
Os estudiosos islâmicos dizem que, se um muçulmano oferece condolências a outro muçulmano, ele deve dizer: "Pertencemos a Allah e a Ele retornaremos". É permitido acrescentar algo semelhante a essa du'a, que o Profeta Muhammad, que a misericórdia e as bênçãos de Deus estejam sobre ele, fez uma vez: “Ó Deus! Perdoe o (nome do falecido), eleve seu status entre as pessoas guiadas e cuide da família que ele deixou para trás. Ó Senhor do universo, perdoe-nos e a ele, conforte-o em seu túmulo e alivie sua estada (no túmulo).”[2] No caso de oferecer condolências a um não-muçulmano, deve-se dizer: “Pertencemos a Allah e a Ele retornaremos”, e acrescentamos quaisquer formas costumeiras de condolências que estejam livres de conotações religiosas.
Quando um parente não-muçulmano morre
Um muçulmano pode fazer os preparativos para o funeral de seu parente não-muçulmano, se não houver mais ninguém para cumprir esse dever. Embora seja um assunto de disputa acadêmica, geralmente também é permitido assistir aos seus funerais, desde que você não cometa um ato que seja contra a shariah. É parte de manter boas relações familiares e mostrar aos parentes as melhores maneiras inerentes ao Islam. Não é permitido que um muçulmano peça perdão[3] por seus parentes ou amigos não-muçulmanos falecidos; no entanto, ele deve recorrer a Allah para conforto e esperança em Sua misericórdia.
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