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As redes sociais no Islam

Avaliação:

Descrição: A lição lança luz sobre o uso das redes sociais na era moderna e algumas indicações para os muçulmanos.

Por Imam Mufti (© 2015 NewMuslims.com)

Publicado em 12 Jan 2020 - Última modificação em 25 Jun 2019

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Objetivos:

·Obter uma visão geral dos prós e contras das redes sociais.

·Receber alguns conselhos práticos para aproveitar as redes sociais.

·Conhecer cinco áreas de precaução ao usar as redes sociais.

Termos em árabe:

·Imam - Quem dirige a oração.

·Umrah - Peregrinação à Sagrada Casa de Allah na cidade de Meca, Arábia Saudita. É conhecida como a peregrinação menor. Pode ser realizada em qualquer época do ano.

Introdução

socialmedia.jpg74% dos adultos norte-americanos online utilizam sites de redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn e Pinterest, desde janeiro de 2014, 26% a mais que em 2008. Nessas redes sociais, os usuários podem desenvolver perfis biográficos, se comunicar com amigos, familiares e estranhos, pesquisar e compartilhar pensamentos, vídeos, fotos, música, links e muito mais.

O impacto das redes sociais tem sido visto em todos os aspectos da vida: relações interpessoais, educação, negócios, religião, movimentos sociais e política.

História

O Facebook atingiu um bilhão de usuários mensais em todo o mundo em 4 de outubro de 2012, tornando-se a rede social mais popular, com uma em cada sete pessoas no mundo como membro.[2] 71% dos adultos nos Estados Unidos usam o Facebook. Todos os dias, o Facebook gerencia 4,5 bilhões de likes, 4,75 bilhões de conteúdo compartilhado e mais de 300 milhões de uploads de fotos.[3] Em setembro de 2014, 51% dos adultos americanos usam o YouTube, 28% usam Pinterest, 28% usam LinkedIn, 26% usam Instagram e 23% usam Twitter.[4] O Twitter tem 288 milhões de usuários ativos por mês e mais de 500 milhões de tweets diários são enviados.[5] Entre os adultos online, o uso de mais de um site de rede social aumentou de 42% em 2013 para 52% em 2014

As redes sociais para os muçulmanos

A nossa missão como muçulmanos é aprender, pôr em prática e transmitir a mensagem do Islam. Precisamos usar nosso tempo sabiamente e nos manter longe do pecado. Quanto à transmissão da bela mensagem do Islam, necessitamos utilizar tudo o que estiver à nossa disposição para levar a cabo essa tarefa.

O Islam regula o uso das redes sociais, que podem ser entendidas com a parábola do uso de uma faca. Você pode usar uma faca para cozinhar ou como arma para machucar alguém. Depende de como se usa. Da mesma maneira, as redes sociais devem ser usadas com sabedoria, para que você possa tirar o bem delas e deixar o que não é benéfico.

Há revistas, fóruns na internet, blogs, wikis, redes sociais, podcasts, livros e tantas outras coisas a que temos acesso. No entanto, temos de nos assegurar de que utilizamos da forma correta.

Por exemplo, você pode se conectar com muitos acadêmicos e estudantes do conhecimento no Facebook, Twitter e YouTube e se beneficiar muito. Você pode manter contato com familiares e amigos distantes. Você também pode se conectar com seus contatos comerciais através do LinkedIn. Certifique-se de que os seus amigos online são pessoas que o lembram da virtude e o mantêm afastado do que é mau para você.

Tenha cautela com as redes sociais

1. As redes sociais permitem a difusão de informação falsa e pouco confiável

49.1% das pessoas já escutaram notícias falsas através das redes sociais.[6]

2. As redes sociais podem levar ao stress e a problemas em nossas relações na vida real.

Um estudo da University of Edinburgh Business School descobriu que quanto mais amigos no Facebook uma pessoa tem, mais estressante se resulta usar o Facebook.[7] De acordo com um relatório da Pew Internet de 9 de fevereiro de 2012, 15% dos usuários adultos de redes sociais tiveram uma experiência em um desses sites que causou o fim de uma amizade; 12% dos usuários adultos tiveram uma experiência on-line que resultou em uma discussão cara a cara; e 3% dos adultos relataram um confronto físico como resultado de uma experiência em um site de rede social.

3. As redes sociais atraem as pessoas a perder tempo.

40% dos jovens de 8-18 anos passam 54 minutos por dia em sites de redes sociais.[8]36% das pessoas pesquisadas consideram as redes sociais como a "maior perda de tempo", acima dos esportes de fantasia (25%), assistir televisão (23%) e fazer compras (9%)[9] 42% dos usuários de Internet dos EUA jogam jogos como Farmville ou Mafia Wars em sites de rede.

4. A utilização de redes sociais online pode conduzir a perturbações da personalidade e do cérebro

O uso de redes sociais está relacionado a transtornos de personalidade e do cérebro, tais como incapacidade de manter conversas presenciais, necessidade de gratificação instantânea, TDAH e personalidades egocêntricas, bem como comportamentos viciantes.[10]

O uso patológico da Internet (causado ou agravado pelo uso de redes sociais) está associado a sentimentos de solidão, depressão, ansiedade e angústia geral.[11] O Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM) de 2013 está avaliando o "Transtorno de Dependência da Internet" para sua inclusão. Um estudo da UCLA de 2008 revelou que os usuários da web haviam fundamentalmente alterado o córtex pré-frontal[12] devido, em parte, ao ritmo acelerado dos sites de redes sociais que conectam o cérebro com a exposição repetida.

5. As redes sociais permitem o "sexting", que pode levar a acusações criminais e à proliferação inesperada de imagens pessoais.

Uma vez restrito às mensagens de texto do celular, o sexting passou para as mídias sociais com adolescentes publicando, ou enviando através de mensagens, fotos arriscadas de si ou dos outros. Em 2008 e 2009, a polícia dos EUA viu 3.477 casos de imagens sexuais produzidas por jovens, enquanto 2.291 agências viram pelo menos um caso.[13] Como resultado, os adolescentes e os adultos estão sendo acusados de possuir e distribuir pornografia infantil, inclusive se o adolescente tenha tirado e distribuído uma fotografia de si mesmo.[14] 88% das imagens sexuais de produção privada publicadas na mídia são roubadas por sites pornográficos e disseminadas ao público, muitas vezes sem o conhecimento do sujeito.[15]

6. Tenha cuidado ao cultuar as celebridades.

Tenha cuidado para não ficar muito fascinado com a cultura das celebridades. Sim, infelizmente, os muçulmanos gostam dos sábios famosos. A fama é veneno para um estudioso tanto quanto para qualquer outro. A fama de alguém que parece estar online não é garantia de que o que eles estão ensinando está correto. O famoso "sheikh" não substitui a aprendizagem que pode adquirir com o seu Imam ou erudito local. Nunca se pode aprender boas maneiras com um sheikh online. Se o seu sheikh favorito está sempre publicando o que come, onde vai, ou pede aos seus fãs que lhes digam que oração eles querem que faça por eles durante a viagem a Umrah, procure em outro lugar um guia islâmico.


Notas de rodapé:

[1] Keith Hampton, Lauren Sessions Goulet, Lee Rainie, and Kristen Purcell, "Social Networking Sites and Our Lives," www.pewinternet.org, June 16, 2011

Pew Research Center, "Social Networking Fact Sheet," pewinternet.org (accessed Mar. 24, 2015)

[2] Aaron Smith, Laurie Segall, and Stacy Cowley, "Facebook Reaches One Billion Users," www.cnnmoney.com, Oct. 4, 2012

[3] Zephoria, "The Top 20 Valuable Facebook Statistics," zephoria.com, Feb. 2015

[4] Maeve Duggan, Nicole B. Ellison, Cliff Lampe, Amanda Lenhart and Mary Madden, "Social Media Update 2014," pewinternet.org, Jan. 9, 2015

[5] Twitter, "About," twitter.com (accessed Mar. 24, 2015)

[6] Kristin Marino, "Social Media: The New News Source," www.schools.com, Apr. 16, 2012

[7] David Gutierrez, "Facebook Is Making You Miserable, Scientists Find," www.naturalnews.com, Nov. 29, 2012

[8] Victoria J. Rideout, Ulla G. Foehr, and Donald F. Roberts, "Generation M2L Media in the Lives of 8- to 18-Year-Olds," www.kff.org, Jan. 2010

[9] Mark Dolliver, "Social Networking: A Waste of Time?," www.adweek.com, Oct. 7, 2010

[10] ConsumerReports.org, "Facebook & Your Privacy: Who Sees the Data You Share on the Biggest Social Network," Consumer Reports, June 2012

[11] K. Wolfling, M. E. Beutel, and K. W. Muller, "Construction of a Standardized Clinical Interview to Assess Internet Addiction: First Findings Regarding the Usefulness of AICA-C," Journal of Addiction Research & Therapy, 2012

[12] Tony Dokoupil, "Is the Onslaught Making Us Crazy?," Newsweek, July 16, 2012

[13] Janis Wolak, David Finkelhor, and Kimberly J. Mitchell, "How Often Are Teens Arrested for Sexting? Data from a National Sample of Police Cases," Pediatrics, Jan. 2012

[14]Nancy V. Gifford, "Sexting in the USA," www.fosi.org (accessed Dec. 6, 2012)

[15] Ben Weitsenkorn, "Private Porn Pics Aren’t Private for Long," www.nbcnews.com, Oct. 2012

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