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Os Califas Bem Guiados: Ali ibn Abi Talib (parte 2 de 2)

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Descrição: Uma breve biografia do companheiro, primo e genro do Profeta Muhammad e o quarto Califa Bem Guiado do Islam. Também daremos uma breve análise em alguns dos desafios de Ali.

Por Aisha Stacey (© 2014 NewMuslims.com)

Publicado em 02 Jan 2020 - Última modificação em 17 Mar 2015

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Objetivo:

·Aprender sobre a vida de Ali ibn Abi Talib e entender sua importância na história do Islam.

Termos em árabe:

·Khalifah (plural: Khulafa’) – Califa. Às vezes soletrado Khalif. Ele é o principal governante religioso e civil muçulmano, considerado o sucessor do Profeta Muhammad. Um Califa não é um monarca.

·Rashidun – Que são guiados corretamente. Mais especificamente, um termo coletivo para se referir aos quatro primeiros califas.

·Sunnah - A palavra Sunnah tem diversos significados, dependendo da área de estudo, no entanto, geralmente aceita-se o significado de que é tudo aquilo que foi relatado que o Profeta disse, fez ou aprovou.

·Ummah – Refere-se à toda comunidade muçulmana, a despeito de cor, raça, idioma ou nacionalidade.

RightlyGuidedCaliphsAli2.jpgAli ibn Abi Talib foi o quarto Califa Bem Guiado do Islam, primo e genro do Profeta. Após o assassinato de Uthman ibn Affan, muitos muçulmanos estavam ansiosos para que ele assumisse a liderança, mas Ali estava preocupado com o fato de as sementes da rebelião estarem sendo plantadas entre os crentes. Ele hesitou até que alguns dos que estavam mais próximos do Profeta Muhammad o encorajaram e deram seu apoio. Os eventos que envolveram o assassinato de Uthman catapultaram a nascente Ummah para um período que ficou conhecido como o "tempo da tribulação". Infelizmente Ali começou e terminou seu califado em tempos traiçoeiros.

Ali aceitou o califado com muita relutância e transferiu a capital da jovem Ummah muçulmana de Medina para Kufa no atual Iraque. Ele sentiu que os conflitos civis em torno do assassinato de Uthman se deviam em parte à inaptidão dos governadores. Assim, ele se lembrou de todos os governadores nomeados por Uthman e designou novos, que Ali achava que administrariam melhor suas províncias. Muawiyah, sobrinho de Uthman e governador da região da Grande Síria, recusou-se a renunciar até que os assassinos de Uthman fossem levados à justiça.

Uma das viúvas do Profeta Muhammad, Aisha, também acreditava que os assassinos de Uthman deveriam ser levados a julgamento. No entanto, devido ao caos durante os últimos dias do seu governo, foi difícil concluir essa tarefa, pois poderia ter causado mais conflitos.

Apesar de seus melhores esforços para pôr um fim aos conflitos que assolavam a Ummah, Ali não conseguiu unificar todas as facções que brigavam e estavam em guerra e, em 657 E.C., a recusa de Muawyiah em renunciar ao governo da Síria resultou em ação militar. As forças de Muawiyah e Ali se encontraram na Batalha de Siffin. Na verdade, foi uma série de escaramuças e negociações que ocorreram entre maio e julho de 657 E.C. e terminaram finalmente na arbitragem de Adhurh.

A princípio, Ali e suas forças pareciam estar vencendo, mas então os dois lados resolveram parar o derramamento de sangue e nomear um juiz para decidir qual parte estava certa. Um pequeno número de homens, que ficou conhecido como Kharwarij[1], recusou essa arbitragem e depois travou uma guerra contra Ali, que Allah esteja satisfeito com ele. Ele passaria os próximos dois anos em uma campanha contra o Kharwarij até que ele fosse assassinado por um deles. Após seu assassinato, seu filho Al-Hasan, que Allah esteja satisfeito com ele, tornou-se o legítimo Califa sobre a Ummah. A esse respeito, o Profeta, que a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam sobre ele, disse: “De fato, este meu filho (ou seja, Al-Hasan) é um indivíduo gracioso; é através dele que Allah deve unir dois grandes partidos da Ummah.” Fiel a essa narração, quando Al-Hasan testemunhou os conflitos e as disputas, chamou Muawiyah à arbitragem e ele, de bom grado, deixou o cargo, unindo assim à Ummah muçulmana. Este evento aconteceu no ano 41 da Hégira, que é conhecido como o 'ano da congregação’.

Ao longo de suas provações e tribulações, Ali permaneceu nobre, corajoso e generoso. Mesmo naqueles tempos perigosos, ele perdoou seus inimigos e lutou continuamente por uma Ummah unida.

O Profeta, que a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam sobre ele, declarou: “O califado após mim durará 30 anos.” De fato, o período do califado de Abu Bakr, juntamente com o de Umar, Uthman, Ali e Al-Hasan, totaliza exatamente 30 anos.



Notas de rodapé:

[1] Literalmente em árabe significa aqueles que saíram. Eles foram os primeiros inovadores doutrinários no Islam. Originalmente, um grupo de até 20.000 homens que abandonaram Ali e rejeitaram seu califado quando ele concordou em arbitrar com Muawiyah.

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